terça-feira, 22 de maio de 2012

SUPER 8


Estamos deixando nossa humanidade de lado? Estamos nos tornando bárbaros? Ou máquinas? Ao que tudo indica, parece que sim. Em Super 8, filme produzido por Steven Spielberg e escrito e dirigido por J.J. Abrams, o coadjuvante, um alienígena, nos mostra como estamos desaprendendo a ser seres humanos e nos tornando cada vez mais egoístas e distantes uns dos outros. Estamos desaprendendo a amar. Isso fica claro na parte do filme em que um cientista afirma que em vez de ensinarmos ao alienígena a amar, ter compaixão e perdoar, ensinamos essa espécie a odiar os seres humanos, ou seja, plantamos o ódio em vez do amor.
Além disso, é interessantíssimo como Spielberg centra seu foco nas relações humanas. Pai e filho não se entendem depois da morte da mãe do garoto, personagem principal. A partir daí, o filme é construído tecendo teias que nos mostram como somos frágeis diante das emoções e dos sentimentos que temos pelas pessoas. Ódio, amor, amizade e perdão são temas visíveis nesse belíssimo e conciso trabalho de Spielberg. Como em todos os seus filmes sobre ETs, Super 8 explora muito mais o que somos, lançando um olhar sobre nossa espécie, do que propriamente a ficção de existir a probabilidade de vida extraterrestre. Super 8 é um painel de como nos enxergamos, como somos realmente e como deveríamos ser, nos revelando nossa falta de humanidade.
Ao final, já nos créditos, o filme em super 8, modalidade de filmagem da época da história no filme, conclui todo o pensamento do diretor e de Spielberg: somos zumbis, que para reencontrarmos nossa humanidade, precisamos de amor, tanto amor ao próximo como por nós, pela Terra, pelo mundo etc., por tudo. Como eu disse: desaprendemos a amar e Spielberg nos dá a fórmula para reencontrarmos o amor: tratarmos o próximo com o bem e não tentando desvendar, estudar e conhecê-lo; apenas amá-lo e espalhar o bem.